Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como
feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado
sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e
diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de
alguns destes feriados, são dias santos, por conseqüência consagrado há
alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de
devotar louvor ou veneração a personagens declarados como santos (1Co
10.19,20).
É necessário portanto, que nós como corpo do Senhor
Jesus, não venhamos a compartilhar destas consagrações; evitando,
estarmos juntos aos que se alegram com elas. Neste caso, especifico,
muitas cidades têm como tradições patrocinar festividades denominadas
como “Festas Juninas”, que consistem em “forrós e outras tradições”
comuns à data; o Espírito de Deus nos aconselha a não participarmos de
tais tradições, nem mesmo, admirá-las. E, na condição de separados que
somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome de
Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens às forças
espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é procurarmos viver
um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt 26.41), para que
não sejamos atingidos pelo inimigo.
“Não se juntem com os
descrentes para trabalharem com eles. Como é que o certo e o errado
podem ser companheiros? Como podem viver juntas a luz e a escuridão?
Como podem Cristo e o diabo estar de acordo? O que é que um cristão e um
descrente têm em comum? Que relação pode haver entre o Templo de Deus e
os ídolos pagãos? Pois nós somos o templo do Deus vivo.” ( 2Co 6:14-16)
Nos
dias atuais a permissividade infelizmente é muito bem aceita pelas
igrejas, as práticas comuns aos que andam sob os conselho da carne, são
adaptadas e cristianizadas. Já é possível encontrar-se igrejas
“evangélicas” montando “arraiais juninos”, “quadrilhas” e outras
manifestações comuns ao catolicismo. Cegos!
As Festas Juninas, são
tradicionalmente homenagens a três santos católicos, são eles: Santo
Antonio, São João, São Pedro e São Paulo . A seguir, veja como surgiu
tais comemorações.
O calendário das festas católicas é marcado por
diversas comemorações de dias de santos. As comemorações de cunho
religioso foram apropriadas de tal forma pelo povo brasileiro que ele
transformou o Carnaval – ritual de folia que marca o início da Quaresma,
período que vai da quarta-feira de Cinzas ao domingo de Páscoa – em uma
das maiores expressões festivas do Brasil no decorrer do século XX.
Do
mesmo modo, as comemorações de São João (24 de junho) fazem parte de um
ciclo festivo que passou a ser conhecido como festas juninas e
homenageia, além desse, outros santos reverenciados em junho: Santo
Antônio (dia 13) e São Pedro e São Paulo (dia 29).
Se pesquisarmos
a origem dessas festividades, perceberemos que elas remontam a um tempo
muito antigo, anterior ao surgimento da era cristã. De acordo com o
livro O Ramo de Ouro, de sir James George Frazer, o mês de junho, tempo
do solstício de verão (no dia 21 ou 22 de junho o Sol, ao meio-dia,
atinge seu ponto mais alto no céu, esse é o dia mais longo e a noite
mais curta do ano) no Hemisfério Norte, era a época do ano em que
diversos povos – celtas, bretões, bascos, sardenhos, egípcios, persas,
sírios, sumérios – faziam rituais de invocação de fertilidade para
estimular o crescimento da vegetação, promover a fartura nas colheitas e
trazer chuvas.
No Hemisfério Norte, as quatro estações do ano são
demarcadas nitidamente; na região equatorial e nas tropicais do
Hemisfério Sul, o movimento cíclico alterna o período de chuva e o de
estiagem, mas ainda assim o ciclo vegetativo pode ser observado da mesma
maneira – alteração na coloração e perda das folhas, seca e
renascimento.
O que ocorre com a natureza é algo semelhante à saga
de Tamuz e Adônis, que submergem do mundo subterrâneo e retornam todos
os anos para viver com suas amadas Istar e Afrodite e com elas
fertilizar a vida.
Com o cultivo da terra pelo homem, surgiram os
rituais de invocação de fertilidade para ajudar o crescimento das
plantas e proporcionar uma boa colheita.
Na Grécia, por exemplo,
Adônis era considerado o espírito dos cereais. Entre os rituais mais
expressivos que o homenageavam estão os jardins de Adônis: na primavera,
durante oito dias, as mulheres plantavam em vasos ou cestos sementes de
trigo, cevada, alface, funcho e vários tipos de flores. Com o calor do
sol, as plantas cresciam rapidamente e, como não tinham raízes,
murchavam ao final dos oito dias, quando então os pequenos jardins eram
levados, juntamente com as imagens de Adônis morto, para ser lançados ao
mar ou em outras águas.
Os rituais de fertilidade perduraram
através dos tempos. Na era cristã, mesmo que fossem considerados pagãos,
não era mais possível acabar com eles. Segundo Frazer, é por esse
motivo que a Igreja Católica, em vez de condená-los, os adapta às
comemorações do dia de São João, que teria nascido em 24 de junho, dia
do solstício.
Na Europa, os festejos do solstício de verão foram
adaptados à cultura local, de modo que em Portugal foi incluída a festa
de Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, em 13 de junho. E a tradição
cristã completou o ciclo com os festejos de São Pedro e São Paulo, ambos
apóstolos da maior importância, homenageados em 29 de junho.
Quando
os portugueses iniciaram o empreendimento colonial no Brasil, a partir
de 1500, as festas de São João eram ainda o centro das comemorações de
junho. Alguns cronistas contam que os jesuítas acendiam fogueiras e
tochas em junho, provocando grande atração sobre os indígenas.
Mesmo
que no Brasil essa época marcasse o início do inverno, ela coincidia
com a realização dos rituais mais importantes para os povos que aqui
viviam, referentes às colheitas e à preparação dos novos plantios. O
período que vai de junho a setembro é a época da seca em muitas regiões
do Brasil, quando os rios estão baixos e o solo pronto para enfrentar o
plantio, que segue a seqüência: derrubada da mata, queima das ramagens
para limpar o terreno e adubá-lo com as cinzas e plantio. É a técnica da
coivara, tão difundida entre os povos do continente americano.
Nessa
época os roçados velhos, do ano anterior, ainda estão em pleno vigor,
repletos de mandioca, cará, inhame, batata-doce, banana, abóbora,
abacaxi, e a colheita de milho, feijão e amendoim ainda se encontra em
período de consumo. Esse é um tempo bom para pescar e caçar. Uma série
ritual, que dura todo o período, inclui um conjunto muito variado de
festas que congregam as comunidades indígenas em danças, cantos, rezas e
muita fartura de comida. Deve-se agradecer a abundância, reforçar os
laços de parentesco (as festas são uma ótima ocasião para alianças
matrimoniais), reverenciar as divindades aliadas e rezar forte para que
os espíritos malignos não impeçam a fertilidade. O ato de atear fogo
para limpar o mato, além de fertilizar o solo, serve principalmente para
afastar esses espíritos malignos.
Houve, portanto, certa
coincidência entre o propósito católico de atrair os índios ao convívio
missionário catequético e as práticas rituais indígenas, simbolizadas
pelas fogueiras de São João. Talvez seja por causa disso que os festejos
juninos tenham tomado as proporções e a importância que adquiriram no
calendário das festas brasileiras.
As relações familiares eram
complementadas pela instituição do compadrio, que servia para integrar
outras pessoas à família, estreitando assim os laços entre vizinhos e
entre patrões e empregados. Até mesmo os escravos podiam ser
apadrinhados pelos senhores de terra.
Havia duas formas principais
de tornar-se compadre e comadre, padrinho e madrinha: uma era, e ainda
é, através do batismo; a outra, através da fogueira. Nas festas de São
João, os homens, principalmente, formavam duplas de compadres de
fogueira: ficavam um de cada lado da fogueira e deveriam pular as brasas
dando-se as mãos em sentido cruzado.
Os laços de compadrio eram
muito importantes, pois os padrinhos podiam substituir os pais na
ausência ou na morte destes, os compadres integravam grupos de
cooperação no trabalho agrícola e os afilhados eram devedores de
obrigações para com os padrinhos. A instituição beneficiava os patrões,
que tinham um séquito de compadres e afilhados leais tanto nas relações
de trabalho como nas campanhas políticas, quando se beneficiavam do voto
de cabresto.
Hoje as festas juninas possuem cor local. De acordo
com a região do país, variam os tipos de dança, indumentária e comida. A
tônica é a fogueira, o foguetório, o milho, a pinga, o mastro e as
rezas dos santos.
No Nordeste sertanejo, o São João é comemorado
nos sítios, nas paróquias, nos arraiais, nas casas e nas cidades. A
importância dessa festa pode ser avaliada pelo número de nordestinos e
turistas que escolhem essa época do ano para sair de férias e participar
dos festejos juninos.
Na Amazônia cabocla, a tradição de
homenagear os santos possui um calendário que tem início em junho, com
Santo Antônio, e termina em dezembro, com São Benedito. Cada comunidade
homenageia seus santos preferidos e padroeiros, com destaque para os
santos juninos. São festas de arraial que começam no décimo dia depois
das novenas e nas quais estão presentes as fogueiras, o foguetório, o
mastro, os banhos, muita comida e folia.
A tradição caipira,
especialmente a do Sudeste do Brasil, caracteriza-se pelas festas
realizadas em terreiros rurais, onde não faltam os elementos típicos dos
três santos de junho. Mas elas também se espalharam pelas cidades e
hoje as festas juninas acontecem, principalmente, em escolas, clubes e
bairros. Como em outras partes do Brasil, o calendário das festas
paulistas destaca os rodeios e as festas de peão boiadeiro como eventos
ou espetáculos mais importantes, que se realizam de março a dezembro.
As
festas juninas, com maior ou menor destaque, ainda são realizadas em
todas as regiões do Brasil e representam uma das manifestações culturais
brasileiras mais expressivas.
Fonte: Vivos
Divulgados por Atitudejovem.blogspot.com